O mercado de açúcar e biocombustíveis sentiu o peso da chegada do coronavírus, com os produtores levando o baque da parada na produção. Contudo, é incrível que apesar disso, a perspectiva do setor sucroenergético é positiva.
Para a Fitch Ratings, as companhias do setor de açúcar e etanol estão, na verdade, melhorando, tendo uma recuperação e crescimento de 2020. Com o relaxamento do distanciamento social, as expectativas estão em alta.
Mas o que esperar do setor sucroenergético após coronavírus? Prossiga com a leitura do artigo e entenda mais sobre!
“Com projeção de preço médio do açúcar próximo de 13,50 centavos de dólar por libra-peso, a situação do setor sucroenergético é de melhora.”
Afinal, qual é a situação do setor sucroenergético após coronavírus? A expectativa é de melhora em 2021, mas apenas em relação ao péssimo desempenho em 2020. De fato, o preço global do açúcar será ligeiramente maior, mas depois de uma baixa em 2020.
Segundo a agência Moody’s, é provável o aumento de produção de açúcar na América Latina, enquanto em outros países ocorrerá problemas como: quebra de safra e preços domésticos mais altos (tanto pro açúcar, quanto pro etanol).
Além disso, é esperado um avanço de mais de 9% do Ebitda das empresas nessa temporada. No caso, Ebitda se trata dos “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”, que é utilizada para avaliar empresas de capital aberto.
Quanto ao etanol, a perspectiva é de recuperação dos preços do petróleo, junto de um relaxamento do distanciamento social, o que aumentará sua demanda. Com isso, é natural que ocorra em 2021 um aumento da competitividade dos biocombustíveis.
Além disso, é esperado que ocorra o impulsionamento do fluxo de caixa dos produtores. As condições de crédito devem melhorar nesse ano, apesar de continuar limitado para empresas em dificuldade financeira.
Quanto a situação do setor sucroenergético no mercado, é esperado que a classificação das sucroenergéticas não se eleve muito, nem se rebaixe. Segundo a Fitch Ratings, não são previstos aumentos significativos nos preços do açúcar e do combustível.
Afinal, a menor safra de cana-de-açúcar acabará limitando o potencial de qualquer aumento relevante
Para começar, a produção de açúcar na América Latina vai registrar crescimento, chegando a mais de 40 milhões de toneladas. Isso é um avanço de mais de 35%em relação à produção passada.
Com uma produção modesta na Tailândia e a recuperação indiana na própria produção, é possível não haver efeito negativo nos preços.
No Brasil, é esperado que o Açúcar Total Recuperável (ATR) deva cair, o que pode levar a uma menor produção de açúcar. Por isso que especialistas dizem que devem haver fixações expressivas de preços, para evitar o risco de queda neles.
E quais são os preços agora? Para março de 2021, 2022 e 2023, os preços estão em R$ 1.662/tonelada, o que é acima do preço médio na safra 2020/2021 e 2019/2020.
Com a situação do setor sucroenergético pelo coronavírus, a expectativa é de valorização de 2,4% do etanol. O preço do petróleo deve cair, mas isso não pressionará o biocombustível.
A produção brasileira de etanol deve cair nesta temporada, pois as usinas devem focar num mix mais de açúcar, aproveitando os preços favoráveis.
E qual é a última expectativa a se apontar? Para as próximas safras, é natural que o etanol aumente sua participação no setor sucroenergético, conforme ocorre a recuperação da demanda.
Essa é a maior expectativa do setor sucroenergético: a recuperação da demanda. Dessa forma, o mercado pode voltar a uma normalidade!