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Defensivos: liberação ou proibição
Gustavo Lastro • ago. 12, 2022

Dentre os assuntos mais discutidos na agricultura, um dos mais polêmicos é com certeza o uso de defensivos. Alguns demonizam sua utilização, outros enaltecem, e essa discussão tem se transformado na liberação de agrotóxicos em 2020.


Em 2020, o governo já liberou uma série de agrotóxicos, chegando ao número de 118 produtos autorizados no ano. Contudo, o uso de agrotóxicos no Brasil tem sido fortemente repreendido, principalmente o uso de 14 agrotóxicos proibidos no mundo.



Afinal, quais agrotóxicos são permitidos no Brasil? Prossiga com a leitura do artigo e veja mais sobre agrotóxicos no Brasil!


O que são os defensivos?

Também conhecidos como agrotóxicos, defensivos agrícolas são produtos de diferentes naturezas (podendo ser químicos, orgânicos e biológicos) que atuam na proteção de culturas agrícolas. É justamente pela defesa das lavouras que existe seu nome.


Esses produtos servem para defesa das lavouras contra pragas, doenças, plantas daninhas e fitonematóides que prejudicam e reduzem o desenvolvimento, comprometendo assim a produtividade. Por sua ação rápida, proporciona economia de tempo e dinheiro, o que culmina em produtividade.


O uso de agrotóxicos no Brasil: quão presente ele é?

 

Segundo dados da FAO, o Brasil é um dos países que mais gasta em agrotóxicos no mundo, ficando a frente dos Estados Unidos. Contudo, em quantidade de área cultivada (quanto é investido em defensivos por hectare), é apenas o 44º lugar.


Além disso, em valor gasto com defensivos se revertendo em alimentos produzidos, é apenas a 58ª posição. Muito desse resultado é pelo Brasil ser um país com condições propícias para o desenvolvimento de pragas, o que leva ao maior índice de desperdício.

Contudo, o uso de agrotóxicos no Brasil ainda desperta muitas discussões.


Quais agrotóxicos são permitidos no Brasil?


“A liberação de agrotóxicos em 2020 começou em março deste ano, alcançando a marca de 118 novos produtos.”


Durante a quarentena, o Governo Federal prosseguiu com a aprovação de novos agrotóxicos para venda no mercado brasileiro. Nesse ano, foram aprovados 118, com 84 destinados aos agricultores e 34 para a indústria.


Em 2019, já haviam sido aprovados 475 novos produtos, um recorde no Brasil. Além dos já aprovados, empresas produtoras de pesticidas já solicitaram ao Ministério da Agricultura a liberação de mais 216 produtos.


Esse número de aprovações se apoia na Medida Provisória 926 e no Decreto 10.282, que definiam que:


  • Prevenção, controle e erradicação de pragas/doenças, assim como suporte e disponibilização de insumos necessários à cadeia produtiva (incluindo defensivos), são atividades essenciais na pandemia.

Claro que essas medidas suscitaram críticas da Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida, definindo-as como “marcha do veneno”. Em parte, a crítica maior é pela aprovação de 14 agrotóxicos proibidos no mundo.


E quais são os agrotóxicos no Brasil?


Agrotóxicos são divididos em 5 categorias:


  • 1: Extremamente tóxico (1,19%);
  • 2: Produto Altamente tóxico (5,95%);
  • 3: Medianamente/Moderadamente tóxico (5,95%);
  • 4: Produto Pouco tóxico (27,38%);
  • 5: Produto Improvável de causar dano (44,05%);
  • Não Classificado (15,48%).

Alguns dos ativos agrotóxicos liberados no Brasil são Acefato, Ácido Giberélico, Atrazina, Anilazina, Aviglicina, D-Aletrina, Cianazina, Cipermetrina e Clorotalonil.


Contudo, a maior polêmica reside na liberação de agrotóxicos proibidos em outros países: Tricolfon, Cihexatina, Abamectina, Acefato, Carbofuran, Forato, Fosmete, Lactofen, Parationa Metílica e Thiram.


Liberação ou proibição: a discussão permanece

 

Para começar, ano passado foi apresentado o PL 4231/2019, que buscava limitar a liberação de defensivos em dez novos registros por ano. Para seu autor, os agrotóxicos em excessos afetariam o meio ambiente e ainda elevariam os custos de produção.


Já para a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, há desinformação sobre o uso de defensivos agrícolas no país. Segundo ela, os produtos brasileiros são seguros e continuam a ser exportados para o mundo.


Além disso, com a regulamentação de mais produtos, o agricultor usaria menos defensivos agrícolas.


Contudo, a opinião contra os polêmicos agrotóxicos proibidos fora do Brasil é forte: “São lixos tóxicos na União Europeia e nos Estados Unidos”, disse a toxicologista Márcia Sarpa de Campos Mello.


Conclusão


Com a liberação de agrotóxicos em 2020, a grande questão que muitos tem é “agrotóxicos são ruins?”. Para outros, é mais uma questão de fazer o uso correto dos produtos, seguindo as recomendações previstas e indicadas por órgãos reguladores.


Com a chance de desperdício de alimentação em função de pragas aumentar pela proibição de defensivos, realmente se trata de fazer um uso mais inteligente. Ao usar corretamente, se evita as pragas e outros riscos severos!



Nossos agradecimentos pela revisão técnica do texto pelo Eng. Agrônomo e amigo Flávio Irokawa.

 

LSI: agrotóxicos no Brasil, liberação de agrotóxicos 2020, uso de agrotóxicos no Brasil.

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